O hygge de Copenhaga

May 6, 2018
Tenho andado desaparecida, não sei se por falta de inspiração ou pura preguiça. Mas estou de volta e avizinham-se muitos e bons argumentos para escrever e fotografar 🙂

Hoje, revisito um post escrito no início do ano passado sobre o termo dinamarquês “Hygge”. O mais próximo de hygge, em português, é acolhedor, aconchegante, embora seja mais do que isso, traduz a forma de estar dos dinamarqueses… não se traduz, sente-se.

Copenhaga estava nos planos, e finalmente agora aconteceu, valha-nos a Ryan Air, com voos directos! E sim, Copenhaga é tão hygge!
Eis porquê:

É uma cidade plana que nos deixa respirar: ruas largas, mar, zonas verdes, arquitectura harmoniosa, em que o antigo convive tão bem com o moderno e em que a entrada de luz é privilegiada.

O trânsito, ou a ausência dele, é outra das coisas que chama a atenção (aliás em 5 dias não vi uma fila! E agora que penso nisso, não me lembro de ver uma mota). Os bons transportes públicos e a bicicleta como veículo de eleição, facilitam o dia-a-dia.
Saber aproveitar o ar livre. Apesar do frio as esplanadas, aquecidas e com mantas nas cadeiras estão cheias. Aos primeiros raios de sol, saltam as T-shirts e as sandálias e é ver os dinamarqueses em fotossíntese.
O bom gosto dinamarquês é reconhecido desde há décadas, e marca um estilo muito próprio. A decoração é minimalista mas muito confortável, cores cruas e detalhes que fazem a diferença. A madeira, o betão e a cerâmica são os materiais mais comuns, que convivem em perfeita simbiose.
Os objectos são cuidadosamente escolhidos, pelo design aliado a conforto, numa mistura equilibrada entre o moderno, o rústico e o vintage. Velas, almofadas e mantas fofas, contribuem para ambientes onde apetece estar.
A natureza dentro de casa é outra constante. Os dinamarqueses gostam de rodear-se de madeira pouco trabalhada, folhas, pelos de animais e muitas plantas verdes , quer seja num parapeito da janela, numa mesa de apoio ou num canto.
As estatísticas dizem que os dinamarqueses são o povo mais feliz do mundo. Não sei quais os critérios subjacentes, mas o que sei e senti é que realmente se passa bem nesta cidade, que existe qualidade de vida e que são os pequenos momentos de bem estar, no dia-a-dia, que fazem as pessoas felizes.

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