Da arte paleolítica à contemporânea

November 6, 2017

Aproveitamos o feriado de 1 de Novembro para umas férias, que embora mini, foram óptimas para um corte com as rotinas. Como foi tudo decidido à última da hora, optamos por uma road trip, no país vizinho. O plano foi rumar às grutas de Altamira, na Cantábria e depois seguir pelo País Basco, para Bilbau e San Sebastian.


Mas, voltando ao título da publicação, foi de facto assim, no mesmo dia fomos do paleolítico, ao contemporâneo, artisticamente falando!

Altamira fez-me recuar às aulas de história do ciclo preparatório, um verdadeiro flashback. Lembro-me bem de ver estas famosas pinturas do paleolítico nos livros e de pensar como foram possíveis estas primeiras formas de arte há tantos milhares de anos.

O museu de Altamira fica em pleno cenário rural, próximo de Santillana del Mar – Santander. O museu é uma réplica da gruta, cujas pinturas datam de vários períodos, sendo as mais antigas de 16.500 a.C. As pinturas cobrem o tecto do gruta, por isso é também chamada de Capela Sistina da arte rupestre.
Por volta de 11.000 a.C. a queda de uma rocha bloqueou a entrada da caverna, impedindo a continuidade da ocupação humana e preservando o seu interior. A gruta foi descoberta, por acaso, por um caçador em 1868.

A verdadeira gruta, fica mesmo ao lado do museu, com uma entrada muito discreta. Está fechada ao público, para que se mantenha preservada. A excepção é a abertura às sexta-feiras, em que são sorteadas 5 entradas, entre aqueles que visitam o museu nesse dia.
Apesar de não se entrar na gruta real, vale muito a pena.

A uns dois km da gruta de Altamira fica a bonita vila medieval, Santillana del Mar, também conhecida por vila das três mentiras: não tem Santa, não é plana (llana) e não tem mar! O nome tem origem no mosteiro de Santa Juliana, que aqui se encontra, quanto ao Mar, fica a uns kms.

Depois da arte rupestre e da vila medieval, seguimos para a cosmopolita cidade de Bilbau. Aqui, o ex-libris, é o famoso museu Guggenheim, que desde a sua abertura, em 1997, trouxe um novo dinamismo à cidade, tornando-a numa das cidades mais visitadas de Espanha.
O museu não passa indiferente a ninguém, um colosso, que vai variando de tonalidade ao longo do dia, com a reflexão da luz.
Já as exposições, mentiria se dissesse que adorei. A exposição permanente tem alguma coisa de pop art, de que gosto, mas o resto não me tocou. As exposições temporárias também não me apaixonaram. Valeu pela arquitectura do museu.

No exterior, uma gigante escultura de flores, de Jeff Koons, Puppy, construída na Alemanha, em 1992.

Seguiu-se San Sebastian, mas fica para outro dia.

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