Aproveitamos o feriado de 1 de Novembro para umas férias, que embora mini, foram óptimas para um corte com as rotinas. Como foi tudo decidido à última da hora, optamos por uma road trip, no país vizinho. O plano foi rumar às grutas de Altamira, na Cantábria e depois seguir pelo País Basco, para Bilbau e San Sebastian.
Mas, voltando ao título da publicação, foi de facto assim, no mesmo dia fomos do paleolítico, ao contemporâneo, artisticamente falando!
Altamira fez-me recuar às aulas de história do ciclo preparatório, um verdadeiro flashback. Lembro-me bem de ver estas famosas pinturas do paleolítico nos livros e de pensar como foram possíveis estas primeiras formas de arte há tantos milhares de anos.
O museu de Altamira fica em pleno cenário rural, próximo de Santillana del Mar – Santander. O museu é uma réplica da gruta, cujas pinturas datam de vários períodos, sendo as mais antigas de 16.500 a.C. As pinturas cobrem o tecto do gruta, por isso é também chamada de Capela Sistina da arte rupestre.
Por volta de 11.000 a.C. a queda de uma rocha bloqueou a entrada da caverna, impedindo a continuidade da ocupação humana e preservando o seu interior. A gruta foi descoberta, por acaso, por um caçador em 1868.
A verdadeira gruta, fica mesmo ao lado do museu, com uma entrada muito discreta. Está fechada ao público, para que se mantenha preservada. A excepção é a abertura às sexta-feiras, em que são sorteadas 5 entradas, entre aqueles que visitam o museu nesse dia.
Apesar de não se entrar na gruta real, vale muito a pena.
A uns dois km da gruta de Altamira fica a bonita vila medieval, Santillana del Mar, também conhecida por vila das três mentiras: não tem Santa, não é plana (llana) e não tem mar! O nome tem origem no mosteiro de Santa Juliana, que aqui se encontra, quanto ao Mar, fica a uns kms.
No exterior, uma gigante escultura de flores, de Jeff Koons, Puppy, construída na Alemanha, em 1992.
Seguiu-se San Sebastian, mas fica para outro dia.