Aproveitando ser fim-de-semana, rumamos a Sul, o nosso destino foi a praia da Aberta Nova, junto a Melides. Já tinha tantas saudades da Costa Alentejana!
Embora pensássemos nesta reserva 2 meses antes, a verdade é que a oferta hoteleira desta zona é escassa, (e que se mantenha assim!) e por isso já havia vários sítios indisponíveis.
Queríamos, de preferência, um turismo rural cozy e achámos que a Uva do Monte ia ao encontro do que procurávamos.
A Uva do Monte fica na estrada que dá acesso à Praia da Aberta Nova – uma praia quase deserta e um dos melhores segredos do litoral Alentejano. São apenas dois km, de terra batida, e que podem ser feitos até nas bicicletas colocadas à disposição dos hóspedes. Tem por isso, uma óptima localização, um monte ao lado do mar.Tem uns 12 quartos, todos eles decorados com peças bem antigas, aliás, velhas. Toda a decoração e os acabamentos são bastante toscos, pode até dizer-se que têm um ar desleixado, e há quem não goste. Francamente, eu acho piada, porque por mais desirmanadas que sejam as peças tive uma sensação de simbiose, de que pertencem ali.
Mas engana-se quem pensa que terá um tratamento de luxo! Não é esse o conceito da Uva do Monte. Por aqui, se apetece um sumo de laranja ao pequeno-almoço, o próprio espreme as laranjas que estão numa grande taça, ao lado do espremedor. No final, pega-se na louça usada e deixa-se no balcão da cozinha. Ou seja, será mais um mix entre turismo rural e hostel.
A piscina é pequena mas está bem enquadrada na paisagem campestre.
Quanto ao staff, a Carolina e o José andam na casa dos 30, muito simpáticos e disponíveis.
Como em tudo é importante a gestão de expectativas, não esperar um turismo de luxo quando não é isso que a Uva do Monte oferece. Nós passamos três maravilhosos dias, de puro relax, rodeados por gente simpática e muito perto de sítios que vale a pena visitar: as praias da Aberta Nova, Galé e Vacarias, a Comporta, a lagoa de Santo André, Sines e o cais palafítico da Carrasqueira.