O meu sobrenome é Bessa, pelo menos aquele que uso habitualmente. Bessa é também o nome de uma zona, um hotel e um estádio no Porto e do pintor, António Bessa, que se viu na ribalta por ter, inesperadamente, pintado o retrato oficial do nosso Presidente.


Mas, por estranho que possa parecer, Bessa é também um dos modelos da marca de máquinas fotográficas Voigtländer.

A Voigtländer foi criada por Johann Christoph Voigtländer, em 1756, Viena, Áustria, dedicando-se a instrumentos ópticos e de precisão. Só em 1840 o neto do fundador transformou a Voigtländer numa empresa líder, no seu tempo, em fotografia, com a criação de lentes revolucionárias.
A empresa manteve-se na família até 1923, altura em que praticamente a totalidade das acções foram vendidas à divisão de fotografia da Alemã, Schering e, posteriormente, em 1956 passaram para a mão da Carl Zeiss Foundation.
Em 1971 a produção da Voigtländer cessou e a fábrica foi encerrada. A marca foi vendida à Rollei, depois à Plusfoto e por fim à Ringfoto, tendo sido reactivada em 1999. Actualmente é produzida e comercializada pela Cosina, empresa japonesa de óptica e câmeras fotográficas, sob licença da Ringfoto.

Os modelos Bessa foram inicialmente produzidos pela Voigtländer entre 1929 e 1956 e dadas as suas características a minha deve ter sido produzida algures pelos anos 30. Só regressaram, bem modernizadas, no novo milénio.

A minha Bessa foi-me oferecida pelo Pai, que tal como eu, adora um passeio por feiras de velharias. Faz agora parte da minha pequena colecção de máquinas fotográficas, que começou pelas duas que pertenceram aos meus avôs. Autênticas peças de arte.

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