No início do mês andei por terras Alentejanas, ali para os lados do Alqueva e dei um saltinho até Barrancos e ao parque de Noudar. Foram quatro dias de muito sol e repletos de sítios lindos.
No caminho para Reguengos de Monsaraz, terra das mantas Alentejanas, de que falarei outro dia, São Pedro do Corval é paragem obrigatória. Esta pequena freguesia do Concelho de Reguengos de Monsaraz, é o maior centro oleiro do país e conta actualmente com 22 olarias distintas entre si, no modo de trabalhar o barro e na pintura das peças.
A tradição da cerâmica em São Pedro do Corval remonta aos tempos pré-históricos, graças à existência de depósitos de argilas com características específicas, que motivaram desde sempre esta actividade.
Por entre potes, rodas de oleiros e fornos descobrem-se peças tradicionais, que nos transportam para os tempos em que o barro se moldava às necessidades das gentes do Alentejo. Tudo isto aliado à experiência única de, ao vivo, ver o barro a ser moldado pelas mãos do mestre oleiro, na sua roda, e partilhar das suas vivências.
Não resisti às famosas andorinhas, de Bordallo Pinheiro, adoro ver um pequeno bando numa parede, ou simplesmente pousadas. E porque estou no Alentejo, terra de azeitonas, e porque não houve refeição em que não viesse um para a mesa, trouxe também o típico pratinho para azeitonas e caroços.