Esta nossa “casa nova” celebra este mês o seu primeiro ano, e que ano bom! tem sido a melhor das aventuras. É verdade que temos espaço, interior e exterior, o que faz muita diferença, já que vínhamos de um apartamento mas, sobretudo, cada centímetro foi pensado com muito detalhe e carinho. E se há muita coisa que só surgiu quando começamos a viver a casa, muitas outras, foram projetadas tempos antes.
É precisamente sobre o processo de projetar este nosso espaço que hoje escrevo. Porque fazer as escolhas certas, poupa-nos tempo, dinheiro, faz-nos sentir confortáveis e com sentimento de pertença.
Qual o processo, então? partilho aqui a base criativa que desenvolvi aqui para casa, neste caso para a sala.
1. Moodboard
First things first e por isso o primeiro passo é o moodboard. Há algum tempo fiz uma publicação sobre este tema mas, sucintamente, moodboard é uma composição de imagens, materiais, citações, etc… selecionados de forma a conseguirmos ter uma visão global do projeto – induzem uma emoção, look and feel, que é depois transportada para o projeto. É uma grande ajuda para estruturar o processo criativo – manter o foco e não “descarrilar”, criativamente falando. É como um brainstorming, o grande momento inspiracional. Uma boa dica é selecionar um objeto(s) que queremos mesmo que faça parte do projeto e por aí vamos.
Com este moodboard, mostro que será uma mescla de estilo natural e nórdico, com madeiras mais cruas, linhas direitas e tons neutros, salpicado de cor, peças étnicas e vintage. Acima comecei por colocar os materiais que mais abundam no interior e exterior, para melhor visualização e um resultado mais harmonioso.
2. Concept board
Funciona quase como um guião do projeto para a divisão, incluindo-se as peças, o mais aproximadas possível, e a organização das mesmas no espaço. Ajuda sempre ter a planta 2D incluída neste board.
Quando se pensa em decorar um espaço, a ajuda de um profissional é, por vezes vista, como um custo. No entanto, bem vistas as coisas, será uma mais valia. O designer de interiores ajuda a pensar, a ponderar as melhores soluções e, sobretudo e, talvez o que se torna mais difícil, ajuda à visualização do resultado final. Aquilo que, à partida, pode parecer uma despesa pode facilmente tornar-se numa grande poupança, evitando-se vários erros de dimensionamento ou de escolha de peças menos acertadas. Ajuda a criar espaços mais harmoniosos, pois uma dificuldade pode ser também conseguir-se a melhor mescla de peças, para que o ambiente seja bem genuíno e não uma amálgama despersonalizada. Para a nossa casa, fui a nossa melhor ajuda 🙂