
Mas afinal o que é um Mood board?
É uma composição de imagens, materiais, citações, etc… selecionados de forma a conseguirmos ter uma visão global do projeto – induzem uma emoção que é depois transportada para o projeto. O termo look and feel encaixa perfeitamente naquilo que se pretende com o mood board. É uma grande ajuda para estruturar o processo criativo – manter o foco e não “descarrilar”, criativamente falando 😊. É como um brainstorming, o grande momento inspiracional.
Ponto de partida
Saber por onde começar pode ser difícil, mas uma boa dica é selecionar um objeto, uma imagem que nos desperte para o ambiente que queremos criar e depois seguir o trilho da imaginação, organizando a visão geral – o mood. Depende também se a remodelação é uma folha em branco, em que todos os materiais podem ser escolhidos ou se alguns estão já definidos. Neste segundo caso, uma boa ajuda é ter a imagem ou amostra dos principais materiais, aqueles que têm maior impacto no ambiente, por exemplo o pavimento. Estou mais ou menos neste ponto, no mood board para a minha futura casa.

Colecionar, colecionar, colecionar
Muito tempo é “investido” neste colecionar de imagens, texturas, pequenas inspirações – Pinterest, Instagram, revistas, blogs, amostras físicas, se as houver. No meu caso, sendo uma casa inteira, vou criando seções no Pinterest, por divisão. Não há uma ordem, o importante é dar espaço à imaginação, mas facilita partir do mood geral, passando depois aos detalhes – cor, texturas e padrões. A ideia por trás do mood board não é apenas criar o ambiente, o “look”, o que se pretende é que esse ambiente deixe transparecer o “feeling” que queremos para o espaço (deixei as palavras em inglês porque descrevem melhor do que a tradução…). Que emoções queremos passar? Calma e tranquilidade, ou algo mais vibrante e enérgico? Vamos focar-nos no natural, com cores e formas orgânicas? Algo mais quente e cozy? Ou mais frio e sofisticado? Queremos que o espaço nos remeta para um outro país ou memória? Qual a essência do nosso projeto?

Curadoria
Agora que já temos um “banco” de imagens e uma noção do “feeling” que queremos para o espaço, começamos uma seleção mais fina e estruturada, para mim a parte mais difícil. Aqui a ideia é literalmente brincar com as imagens, colocar umas ao lado das outras e ir ajustando, até nos sentirmos plenamente satisfeitos. Há vários softwares, mas um simples Power point serve perfeitamente. A palete de cores também pode ficar já definida, as cinco cores mais preponderantes será suficiente.

O passo seguinte, é a concretização com o Concept board, em que já procuramos as peças específicas, tendo sempre como fio condutor o Mood board.
Embora aqui me refira a Mood boards para design de interiores, a verdade é que esta ferramenta pode ser muito útil noutras áreas criativas, por exemplo no desenvolvimento gráfico de uma marca ou para projetar um evento. Enfim, é todo um mundo para explorar e deixar a imaginação fluir.