Há várias coisas em que pensamos quando compramos algo – a marca, o preço, o estilo, os materiais – mas os consumidores estão cada vez mais preocupados com a forma como os produtos são fabricados. Essa linha de pensamento, identificada como consumo responsável, é um movimento liderado pela geração Millennials e que procura causar um impacto positivo no mundo através das opções de consumo diárias. Com os olhos no futuro, repensa-se o impacto do consumo desenfreado e recuperam-se os velhos ofícios que fazem parte da nossa tradição.
Também um número cada vez maior de marcas tem vindo a perceber esta necessidade e tendência, apostando na criação de linhas que resultam de parcerias com artesãos.
Assim, existem algumas razões gerais pelas quais comprar produtos artesanais pode ser bom para todos:
* Sustentabilidade económica: o artesanato pode gerar um sustento digno para os artesãos e suas famílias
* Ambiente: a produção artesanal é melhor para o ambiente;
* Desenvolvimento social: trabalhadores com melhores condições de vida contribuem para o desenvolvimento das suas comunidades;
* Qualidade e durabilidade: Produtos bem confecionados duram muito mais.
E qual a relação da tradição com o design? Quantas tradições, costumes ou artes vimos morrer por asfixia?
Felizmente, um cada vez maior de artesãos herdou a tradição mas adapta-a ao seu tempo e projeta-a para o futuro. O design pode ser o oxigénio para manter vivas essas tradições, sem nunca perder de vista o necessário equilíbrio.
Isto significa que o artesanal não tem de ser popularucho, pelo contrário, o artesanal pode ser a perfeita simbiose com um ambiente minimalista. Não há nada que faça mais uma casa tornar-se num lar do que as nossas pessoas e as histórias das peças que escolhemos.
Por tudo isto, porque o nosso país esta cheio de artesãos talentosos, que devem ser apoiados, porque gosto de me debruçar sobre o assunto, vou dedicar os próximos tempos a “descobrir” artesãos e escrever sobre eles. Acompanham-me?