Ainda a propósito do fim-de-semana no Alentejo e já que fomos a Reguengos de Monsaraz, à fábrica das mantas Alentejanas, uma paragem obrigatória na Herdade do Esporão.
A Herdade apresenta condições únicas para a agricultura e para o Enoturismo. Com cerca de 700ha de vinhas, olivais e outras culturas, neste território estão plantadas cerca de 40 castas, 4 variedades de azeitona, pomares e hortas.
A história medieval da região começa com a reconquista cristã de Monsaraz e de Reguengos em 1232 – desde então que o vinho e o azeite são marca indelével da região. Só em 1267 é que os limites geográficos da Herdade do Esporão (inicialmente Defesa do Esporão) foram definidos, tendo-se mantido praticamente inalterados até hoje.
No centro da Herdade do Esporão erguem-se três monumentos históricos: a Torre do Esporão, o Arco do Esporão e a Ermida de Nossa Senhora dos Remédios, edificada no início do sec XIV e ligada a um intenso e devoto culto popular na região que leva as gentes da terra em procissão sempre que a chuva tarda em chegar. A Torre do Esporão é uma das torres mais importantes da transição da idade medieval para a idade moderna em Portugal.
Outro espaço de relevo é o restaurante Esporão, cuja experiência ficou para uma próxima oportunidade, já que não tinhamos feito reserva.
Interessante foi perceber a relevância das mantas Alentejanas, um símbolo do Alentejo e parte constituinte da identidade cultural da região, na Herdade do Esporão.
Não só estão presentes como elementos decorativos, tapetes, puffs, almofadões, como também inspiraram o design dos rótulos do Monte Velho Edição Manta Alentejana, em 2015.